A National Geographic
americana selecionou os mais deslumbrantes destinos de esqui, dos mais
badalados aos menos conhecidos, para experts ou para iniciantes.
Zermatt, Suíça
A
Suíça é conhecida por suas clássicas cidades de esqui, mas Zermatt é a cereja
do bolo. Ainda que cercada de picos cobertos de gelo, é dominada pela
Matterhorn, uma das montanhas mais notáveis da Terra. O vilarejo permite apenas
a circulação de carros elétricos, onde hotéis de luxo ficam lado a lado com
celeiros centenários. Zermatt tem três zonas de esqui interconectadas com
vistas deslumbrantes e drops verticais de até 2.179 metros. Não perca o passeio
no teleférico Matterhorn Glacier Paradise, o mais alto dos Alpes, que te leva à
região italiana de Breuil-Cervinia, onde o almoço custa metade do preço que
você pagaria na Suíça.
Girdwood, Alasca, Estados Unidos
Situada
64 km ao sul de Anchorage (e de seu
aeroporto internacional), o humilde povoado de 2.000 habitantes tem como
atividades principais ski e snowboard. O Alyeska Resort é a maior área de ski
no Alasca com seis teleféricos, duas esteiras e um bonde com capacidade para 60
pessoas que sobe a íngrime face norte da montanha, com vista para o oceano.
Como é de se esperar do Alasca, o local nunca lota, e a melhor época para ir é
em março, quando os dias tem cerca de 12 horas de luz solar.
Wanaka, Nova Zelândia
A
tranquila cidade de 5.000 habitantes vem ganhando reputação de ser um dos
melhores pontos de aventura no mundo. É cheia de hostels, cafés, pubs e
pequenas e luxuosas estadias ecológicas. Quatro áreas de esqui estão a 40
minutos de carro da cidade, incluindo Snow Park NZ, boa para manobras. Treble
Cone é a mais próxima e a melhor, com mais neve e terreno esquiável. É íngreme
e limita as opções para os iniciantes, mas intermediários podem fazer a festa.
Quase metade das pistas são classificadas avançadas, então Cardrona Alpine
Resort é o melhor destino para quem está apenas começando a esquiar.
Mont Tremblant, Quebec, Canadá
Tremblant
é um dos melhores pontos de esqui no leste canadense, com 644 metros verticais
de esqui e um vilarejo planejado que parece ter sido separado da Europa. Com a
abertura do primeiro teleférico em 1939, Tremblant figura como uma das
primeiras áreas de esqui na América do Norte, ainda que o vilarejo estilo dos
alpes franceses do século 18 não tenha sido construído na base dos teleféricos
até os anos 1990.
Whitefish, Montana, Estados Unidos
É
ideal para famílias ou grupos com pessoas de diferentes níveis de habilidade
para esquiar. A cidade é um ponto de esqui há 50 anos, e o re-inaugurado
Whitefish Mountain Resort, antes conhecido como Big Mountain, se projeta
convidativamente acima dos bares e restaurantes do centro da cidade. Em
Whitefish, esquiadores de todos os tipos e níveis podem brilhar. Experts não
ficam de fora e podem aproveitar amplas áreas de terrenos íngremes e profundos.
Whistler, Colúmbia Britânica, Canadá
Whistler
Blackcomb é a megamontanha da América do Norte, com duas áreas conjuntas:
Whistler e Blackcomb. Lá neva mais, há as descidas verticais mais longas e
íngremes e os maiores terrenos de esqui do continente. O vilarejo deixa a
desejar em charme de cidade histórica de montanha, mas emoção não falta. A área
tem mais vilas vizinhas, mas Whistler é a principal da região, com ruas livres
de carros, mas cheias de condomínios, restaurantes e baladas, com transporte
direto para as duas montanhas. Tudo aqui é caro e é necessário fazer reserva
para jantar, mas os 1.524 metros de descidas em cada uma das montanhas valem a
pena.
Ao
norte do Lake Tahoe na Sierra Nevada, Truckee despontou como uma Meca do esqui,
com oito áreas diferentes em 24 quilômetros. Famosa pelo terreno ousado e por
aparições em diversos filmes, Squaw Valley é a montanha principal com seis
picos distintos. Northstar, a 9 quilômetros da cidade, é paraíso para os
intermediários; Sugar Bowl tem pistas que concorrem com Squaw, mas com menor
público; Tahoe Donner, logo na cidade, e Soda Springs são perfeitas para
iniciantes.
Taos, Novo México, Estados Unidos
Em
um mundo de cidades clássicas de esqui, Taos é uma pedra preciosa.
Originalmente um antigo pueblo desértico ao pé das montanhas Sangre de Cristo,
a cidade recebeu no século 20 artistas e escritores atraídos por suas belezas
naturais e pela cultura hispânica e nativa americana. A Taos Ski Valley,
fundada em 1955, fica em um estreito vale rodeado de picos. Com chalés de
estilo suíço, descidas íngremes e neve que rivaliza com a leveza da que cai em
Utah, tem na West Basin e Highline o terreno mais desafiador para esquiadores.
Antes de se aventurar no Pico Kachina, de 3.854 metros, é melhor falar com a
equipe de segurança.
Stowe, Vermont, Estados Unidos
A
charmosa e antiga cidade aos pés das Green Mountains de Vermont tem butiques e
restaurantes por toda a Main Street e Mountain Road. Há muitos hotéis luxuosos,
mas nada de vida noturna. No Stowe Mountain Resort, a 15 minutos de carro da
cidade, Mount Mansfield é o cume mais alto de Vermont e ideal para os mais
aventureiros. Spruce Peak é o ponto para iniciantes, com escola de esqui.
Steamboat Springs, Colorado, Estados Unidos
Além
de ter um dos maiores resorts de esqui do Colorado, Steamboat Springs é única
no estado. É autenticamente uma cidade de trabalhadores cowboys que se tornou
um dos pontos de esqui mais importantes do país. Howelsen Hill é a maior área
do esporte em funcionamento contínuo do Colorado. Anualmente, em fevereiro, há
o Winter Carnival, quando caminhões despejam neve na rua principal da cidade
para competições de skijoring (puxados por cavalos, cachorros ou veículos) e a
passagem de bandas escolares que desfilam em esquis. Steamboat Ski Resort tem
neve fofa e leve, além de esqui em árvores.
Niseko, Japão
As
montanhas da ilha japonesa Hokkaido são reconhecidas mundialmente por ter os
flocos de neve mais consistentes e leves da Terra. Niseko se destaca por quatro
resorts independentes e interconectados que circundam os 1.307 metros do Monte
Niseko Annupuri. A cidade é facilmente acessada de carro das bases dos resorts,
e é possível esquiar à noite. Luzes potentes como as de estádios de futebol
iluminam 780 metros verticais de descidas.
Bozeman, Montana, Estados Unidos
Por
não ser uma cidade voltada para o esqui, estadias caras e restaurantes
renomados são excessão. As atrações de Bozeman são as duas selvagens montanhas
de Montana. Bridger Bowl é uma área de esqui sem fins lucrativos a 20 minutos
da cidade, e Big Sky Resort, gigantesca, é uma das maiores dos Estados Unidos.
Iniciantes e intermediários têm diversas opções a seu dispor, Big Sky é a
deluxe e Bridger é a low-cost.
A 60 minutos de carro, o Yellowstone National Park, além do esqui, é rico para
se observar a natureza.
Chamonix,
França
Globalmente
renomada por ser o berço de práticas extremas de esqui, muitas vezes definida
por “caiu, morreu”, Chamonix tem alguns dos melhores pontos de esqui acessados
por teleféricos, além de terrenos menos perigosos para não-experts. Localizada
em um vale próximo à interseção entre França, Itália e Suíça, a cidade fica à
sombra do pico mais alto dos Alpes, o Mont Blanc, com 4.810 metros de altura.
As estadias variam das mais acessíveis aos hotéis luxuosos, e apenas um
ingresso garante acesso às 11 zonas de esqui diferentes, com descidas verticais
de mais de 2.743 metros.
Crested Butte, Colorado, Estados Unidos
Assim
como Aspen e Telluride, também no Colorado, Crested Butte foi uma cidade
voltada para a mineração e preserva até hoje construções históricas cercadas de
paisagem impressionante. Crested, entretanto, é mais decoladas que as outras,
tem um quê de contracultura. Opções de compras são limitadas nessa cidade de
1.487 habitantes, mas esse é o propósito: não se vai para lá para fazer compras
ou para ser visto. Vai-se para esquiar e aproveitar um dos locais mais
eletrizantes e aventurosos das Montanhas Rochosas. Tanto iniciantes como
experts são bem servidos.
Fernie, Colúmbia Britânica, Canadá
É
ideal para esquiadores aventureiros, ávidos por descidas íngremes e profundas.
Apesar de ter um dos terrenos mais espetaculares e a melhor neve do Canadá, o
vilarejo de 4.217 pessoas ainda não é dos destinos de esqui mais badalados. Mas
isso é bom: não fica cheio de pessoas e pistas frescas ainda podem ser
encontradas nas tardes seguintes de dias nevados. Para muitos esquiadores, a
neve é mais consistente do que em Whistler e a temperatura é mais elevada que
em Banff. Em Fernie, restaurantes são ecléticos e despretensiosos, e a velha
estação de trem foi convertida em um centro de arte.
Bend,
Oregon, Estados Unidos
A cidade
é a maior desta lista, com população de 76.000 pessoas e um dos melhores locais
para esqui da região. O vulcão de 2.743 metros, esquiável por todos os lados, é
uma enorme e diversa área com uma das neves mais leves da região pacífica.
Pistas para iniciantes e intermediários estão espalhadas pelo Monte Bachelor, e
esquiadores aventurosos podem fazer manobras em montes de neve na cratera do
pico. O terreno freestyle é excelente, com dois halfpipes de 3,6 e 5,4 metros e
quase 1,6 km de extensão de parque.
Kitzbühel, Áustria
Kitzbühel
é uma clássica cidade medieval transformada em point de esqui famoso
internacionalmente. É tão deslumbrante que nem parece um destino de verdade.
Mas, não só é real, como abriga a mais cênica e extensa área de esqui dos
Alpes. A cidade romântica é cheia de vielinhas e, à noite, fica ainda mais
espirituosa quando os barzinhos chiques e baladas aumentam o volume da música.
É possível visitar a montanha principal diretamente da cidade por uma rede de
teleféricos, com acesso às redondezas, o que torna facílimo descer nas vilas
vizinhas sem nem tirar o esqui do pé.
Ketchum, Idaho, Estados Unidos
O
teleférico do Ketchum’s Sun Valley foi o primeiro do mundo quando aberto em
1936 nas Montanhas Rochosas. Sun Valley é ideal para quem quer aprender com
escola de esqui. Já quem leva o esporte mais a sério deve rumar à Bald
Mountain, com 1.036 metros verticais de descidas. Snowboarders gostam de não
haver terrenos planos, e os rápidos teleféricos não deixam ninguém esperando na
fila. Longe de grandes centros populacionais, Ketchum nunca fica abarrotada.
North Conway, New Hampshire, Estados Unidos
North
Conway pode ser uma das menos conhecidas cidades desta lista, mas apenas
algumas da América do Norte conseguem competir com sua herança de esqui.
Incrustada no Mount Washington Valley, nas Montanhas Brancas, foi palco do
desenvolvimento, nos anos 1930, de inovações em roupas de esqui, teleféricos e
escolas. North Conway foi uma das pioneiras do esqui americano décadas antes
dos resorts ocidentais ganharem destaque. Há sete áreas de descida próximas à
cidade e mais seis nórdicas, apesar dos visitantes se focarem em três principais:
Cranmore, excelente para famílias, Attitash, a maior, e Wildcat, mais selvagem,
alta e vertical de todas, ideal para experts.
Cortina d'Ampezzo, Itália
Os
picos e rochedos das Dolomitas, compacta coleção de maciços nos Alpes, tornam
as áreas de esqui em Cortina as mais lindas do mundo. É o resort mais luxuoso
da Itália, onde as pessoas estão mais interessadas em socializar do que em
esquiar. Mas isso é bom, porque as decidas não são concorridas, pelo menos para
o padrão europeu. Sim, é possível se hospedar e se alimentar sem gastar uma
fortuna, mas as áreas de esqui são espalhadas e é necessário utilizar táxi para
aproveitar o potencial da Cortina. Socrepes e Mietres são pistas ideais para
crianças e iniciantes.
Aspen, Colorado, Estados Unidos
Aspen
consegue ser moderna e clássica ao mesmo tempo. Galerias, butiques, cafés e
restaurantes gourmet são frequentados por atletas e por estrelas de cinema. Não
falta ostentação, e a montanha é uma das mais sofisticadas fora da Europa. Há
ambientes e cenários distintos, e as estações proporcionam experiências a todo
o arco de esquiadores, do experiente ao prego. Aspen Mountain também tem
certa aura mística por ter sido um dos primeiros centros de esqui para experts
nos EUA. As pistas são muito íngremes, quase se debruçam sobre a cidade abaixo.
Snowmass é a segunda mais íngreme dos Estados Unidos. Já Aspen Highlands é a
mais rústica das irmãs, alta, sem badalação, e, para os esquiadores, linda como
uma Gisele Bündchen que nunca saiu do interior.
Banff, Canada
Única
cidade da lista localizada dentro de um parque nacional, Banff também é a mais
cosmopolita. Recebe visitantes de diversos continentes e tem no centro
restaurantes internacionais, lojas para turistas e museus, todos cercados no
horizonte pelos picos das montanhas. É um dos poucos lugares na Terra onde se
pode ir a uma balada cool e, a dois quarteirões dela, topar com um alce. Três
áreas a 50 minutos de carro de Banff são esquiáveis com um único ingresso.
Mount Norquay tem pistas curtas, mas íngremes; Sunshine Village é maior e tem a
melhor neve da região; e Lake Louise é a segunda maior do Canadá e é palco para
os snowboardings mais cênicos do mundo.
A
remota e incansavelmente bela Telluride deve ser a mais pitoresca cidade de
esqui da América do Norte, em um cânion das San Juan Mountains. As íngremes
pistas do Telluride Ski Resort margeiam o National Historic District da cidade,
onde gôndolas levam esquiadores de volta ao topo dos quase 1.219 metros
verticais de esqui cênico. A charmosa Telluride combina vinho de qualidade com
bares espirituosos e uma cultura de entusiastas de montanhas. Localizada a
2.680 metros acima do nível do mar, possui teleféricos que atingem mais
de 3.810 metros e tem ótimo terreno para iniciantes se sentirem heróis. Experts
também têm muitas opções e encontram locais para manobras em qualquer canto do
resort.
Park City, Utah, Estados Unidos
Terra
do U.S. Ski Team, Park City tem três resorts de esqui e secos flocos de neve
que a estabeleceram como uma das melhores cidades de esqui nos Estados Unidos.
Os teleféricos transportam as pessoas diretamente do centro, onde uma ponte as
ligam à histórica Main Street, recheada de restaurantes, butiques e galerias de
arte. Park City Mountain Resort é a opção mais acessível, com quatro pistas
para manobras, esqui noturno, escola de esqui e terreno ideal para iniciantes e
avançados.
Jackson, Wyoming, Estados Unidos
Jackson
Hole é a terra prometida para quem gosta de montanhas grandes e descidas
íngremes de neve leve e fofa. Calçadas de madeira e bares de cowboys revelam a
herança “wild west” da cidade de mais de 9.500 habitantes. Assim como em Banff,
inverno é época de baixa temporada em Jackson. Ou seja, há bons preços e
abundância de opções de hospedagem. É também um dos berços do esqui extremo nos
Estados Unidos, mas também há pistas para iniciantes e intermediários. Experts
podem ir direto ao topo do Rendezvous Mountain, onde encaram 1.261 metros
verticais de descida até a base.
Texto copiado na integra do site Viageaqui no dia 19 de fevereiro de 2014.
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